A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. E se a Shopper fosse um varejo, será que conseguiríamos focar na análise de sortimento com tanta precisão e afinco? A resposta vai ser em cima do muro, porque não temos dúvidas que com o conhecimento aplicado que temos, isso certamente seria prioridade, mas como em todo varejo também teríamos outras prioridades simultâneas pra fazer o roda girar.
Mas qual é a maior dificuldade de se colocar a análise de sortimento em primeiro lugar?
O mais difícil é transpor alguns fenômenos acumulados em anos de negociação entre indústria e varejo que baseavam-se apenas em custo e margem.
Toda vez que você compra um produto para seu varejo ou quando senta numa sala com o fornecedor, indiretamente você está fazendo uma análise de sortimento e sua escolha define os resultados, sejam quais forem. A grande sacada aqui é ao invés de somente comprar, fazer a análise e a compra, nessa ordem.
Mas analisar dá muito trabalho?
Sim. Dá e precisa dar trabalho, pois assim aumenta a criticidade.
Essa análise não é só numérica e sim de tendências. Então você precisa olhar os números e depois dedicar alguma horas no nosso amigo “google” para ler sobre hábitos, ver inspirações de moda e produtos do seu país e de outros países, entender qual a cor do ano e as paletas complementares, assistir os blogueiros, ver os trend topics e por aí vai.
Compradores precisam analisar, mas precisam amar designer, amar produto, amar hábitos, amar explorar esse universo.
E quando fazer isso?
Sempre. Mas se quer uma forma organizada, monte um calendário de revisão parcial de acordo com a sazonalidade e uma revisão total pelo menos de 6 em 6 meses. É claro que esses prazos precisam ser adaptados ao seu segmento. O ideal é que o calendário seja aberto por categoria, para facilitar o planejamento.
Boas Vendas!