Sabemos que coopetição consiste em uma estratégia mercadológica de competir e cooperar em prol de um objetivo comum. É a forma das empresas se unirem e se fortalecerem para conquistar um objetivo conjunto. Por mais que indústria e varejo, no primeiro olhar não sejam competidores entre si, este conceito parte do princípio de que é possível fortalecer ambos os lados quando todos se unem. Nem vamos entrar no mérito de que hoje as indústrias também estão conquistando o mercado direto com os consumidores, algumas abrindo seus próprios pontos de venda e outros seus canais digitais.

Ainda assim, o ponto que queremos trazer é que para o cadastro de um produto acontecer com toda a acurácia que esperamos, se faz necessário trazer a indústria também para o papel de protagonista deste processo. E para isso, varejo e indústria precisam conversar, precisam se unir, precisam transformar a relação comercial além da relação de negociação, compra e venda de produtos. Essa relação que consiste num perfil mais profissional, engloba uma colaboração nos processos do varejo.

Se para a indústria, o varejo é um dos principais canais de venda de seus produtos e alcance de share de mercado mais acelerado, porque não assumir a responsabilidade de executar um bom cadastro para este varejo.

Para isso, o varejo precisa convocar seus principais fornecedores e explicar de forma simples e clara, quais os impactos positivos que seu negócio teria se todos cooperassem com o tema “cadastro”. E se a indústria, depois disso, não alcançar os benefícios que a mesma poderia ter com essa colaboração, talvez seja também um motivo para o varejo repensar essa parceria.

Entendemos que a parceria se faz dos dois lados.

Se de um lado temos a indústria preocupada com os processos do varejo e se empoderando da missão, por outro, temos o varejo que reconhece o fornecedor que o auxilia e oferece algumas contrapartidas como participação no processo de capitães de categoria, priorização em ações de marketing e etc.

Boas vendas!