Quando pensamos em comprar em algo, normalmente somos acometidos por um pensamento sobre algo que queremos fazer ou sentir e sempre tem alguma premeditação de alguma sensação.

Se queremos ficar mais “em forma”, por exemplo, imaginamos a nós mesmos fazendo algum tipo de exercício. E esse ambiente pode ser uma academia ou na nossa casa. Se for em uma academia, nos imaginamos em algum aparelho e já pensamos se temos a roupa adequada, se temos o tênis, se temos horário na agenda, entre outras coisas. Se pensamos na ação “fazer exercício em nossas casas”, e agora na quarentena, tudo que pensamos tem sido para adaptar a nossa rotina em casa, temos diversos pensamento conflitantes: Quais exercícios vou fazer? Quem vai me ensinar? Qual é o mínimo de acessórios que preciso comprar para garantir esse exercício? Será que vai dar resultado? Preciso colocar tênis para malhar em casa? E por aí vai.

São tantas duvidas que se relacionam diretamente com velhos hábitos e novos hábitos que estamos adquirindo.

É a partir disso que chegamos no “google” e começamos a pesquisar. Começamos a “googlar” para aprender sobre o que não sabemos, para compartilhar e também para comprar.

Nesse momento, entramos nos canais digitais dos varejos e nos deparamos com um “mar de produtos”, muitas vezes nos deixando até mais confusos do que antes.

Todo esse passo a passo que contei foi pra nos fazer refletir sobre a jornada do consumidor que agora está migrando com mais força para o digital. No último relatório do Google, tivemos um aumento 32% de novos usuários na internet.

Como especialista em Gerenciamento por Categorias, nossa maior preocupação agora é avaliar a segmentação de produtos e árvores mercadológicas dos sites, porque é necessário uma adaptação urgente aos novos hábitos e formas de buscar pelo cliente. É preciso ter uma preocupação maior do que antes, evitando assim muitas fricções e alta taxa de rejeição que se dá na maioria das vezes, pela dificuldade de encontrar e de associar um nome de categoria com o produto.

Além disso, assim que o cliente encontra o produto temos a segunda parte do cadastro visualizada que tem relação direta com a especificação técnica, atributos e medidas do produtos. Na grande maioria das vezes, está mal preenchido ou incorretamente. É muito comum encontrarmos o mesmo produto em diversos sites, descritos de maneiras diferentes.

Toda essa informação que é vital para a decisão da compra digital está associada ao cadastro de origem do produto, que é o momento zero da vida desse produto na empresa. Culturalmente, vivemos um passado onde esse momento sempre foi desprezado pela urgência da venda. Agora estamos pagando caro para organizar a casa.